Revista Pedagogia Cotidiano Ressignificado

Tempo de aprender o que não fazer em sala de aula

Paula Stella — 2024-05-24

O presente artigo analisa exclusivamente o programa “Tempo de aprender”, destacando aprendizagens resultantes da realização do curso on-line para professores, dos conhecimentos e estratégias que funcionam como obstáculos à prática docente no ciclo de alfabetização, bem como da ação das crianças nas situações de aprendizagem da leitura e da escrita. Centra-se, portanto, em aprendizagens acerca do que se desaconselha que o professor alfabetizador faça, justificando a orientação contrária à oferecida pelos formuladores do curso.

Os desafios da pedagogia hospitalar e a garantia do direito à saúde e à educação da criança hospitalizada

Thais Andrea Carvalho de Figueirêdo Lopes — 2024-05-24

O presente artigo aborda a importância da saúde e da educação das crianças em situações de hospitalização com o objetivo de investigar de que forma a educação e a ludicidade vêm sendo garantidas em ambientes hospitalares, visto que este é um direito da criança. Para cumprir o proposto, foi realizada uma pesquisa qualitativa com revisão bibliográfica e coleta de dados por meio de entrevista com uma pedagoga hospitalar que trabalha em um hospital público no município de São Luís - MA. As respostas da entrevista foram analisadas à luz da produção acadêmica selecionada envolvendo a interseção entre a saúde e a educação. Os resultados apontaram que o atendimento pedagógico hospitalar é uma atividade fundamental para o desenvolvimento infantil, mas que existem algumas dificuldades a serem sanadas na realização destas ações no hospital, incluindo a melhoria das condições materiais para que o trabalho pedagógico possa acontecer a contento.

Alfabetização na perspectiva da formação humana

Georgyanna Andréa Silva Morais — 2024-05-24

O presente artigo trata de uma pesquisa bibliográfica cujo objeto é a alfabetização na perspectiva da formação humana, portanto, está fundamentado nos pressupostos da Psicologia Histórico-Cultural. Tem como objetivo analisar a partir das contribuições da Psicologia Histórico-Cultural para o campo da alfabetização nos estudos de Martins (2013); Dangió e Martins (2018); Martins e Marsiglia (2015); Galvão, Lavoura e Martins (2019). Evidenciamos que, para a Psicologia Histórico-Cultural, a alfabetização é vetor de promoção da formação humana à medida que promove um ensino intencional e sistematizado, para além da decodificação e codificação dos símbolos gráficos, possibilitando a ampliação das funções psíquicas superiores e, portanto, contribuindo para o desenvolvimento do psiquismo humano.

Influências da afetividade na atuação e formação docente

Maria da Conceição Martins — 2024-05-24

O presente artigo faz uma reflexão profunda, com informações e indagações sobre o campo da afetividade na vida escolar. Objetiva articular um diálogo entre conhecimento e afeto como dimensões inseparáveis, promovendo uma discussão sobre os campos de investigação na educação. O estudo de caso oferta uma metodologia de pesquisa, que oferece subtemas dissertativos embasados em citações reflexivas de renomados autores. Mediante a análise de todo trabalho, conclui – se o quão é importante saber equilibrar a afetividade e as emoções no ambiente escolar e na vida profissional dos professores e alunos.

Letramento literário e o ensino de língua portuguesa nos anos finais do Ensino Fundamental: desafios e possibilidades para a construção de novos saberes

Edivana Valéria Rosa Siqueira — 2024-05-24

É consenso entre os estudiosos e educadores que, por meio da leitura, o indivíduo se torna mais crítico diante da sociedade e de todas as questões que o cercam. Há um discurso prevalente de que é a escola a mais conceituada agência de letramento e, portanto, é a ela que a sociedade delega como uma de suas principais funções, a missão de oferecer um ambiente propício às práticas de leitura, em especial às literárias. Os documentos oficiais que tratam do currículo escolar determinam o trabalho com o letramento literário como eixo de relevância no Ensino Fundamental e, ao mesmo tempo, explicitam que a literatura é fator determinante para formação cidadã. Em oposição ao discurso uníssono acerca da importância da literatura e da formação leitora não raro, encontramos alunos desmotivados e insatisfeitos com as aulas de Língua Portuguesa, especialmente no que se refere à leitura de textos literários, por considerá-los complexos e de difícil compreensão. Neste artigo apresenta-se como questão fundante o resgate do letramento literário, como alternativa ao trabalho docente destinada à (re)aproximação do aluno dos anos finais do Ensino Fundamental à leitura em uma perspectiva de construção de sentidos, identificação de valores, identidade e identificação de características, que a partir de uma abordagem metodológica conduzem ao desenvolvimento de habilidades e competências ao processo da formação de leitores por fruição. Além disso, é necessário que a escola assuma a responsabilidade que lhe cabe nesse processo, pois é um dos poucos espaços em que as crianças e jovens têm acesso ao saber literário sistematizado e ampliado em prol da formação de leitores e sujeitos ativos em uma sociedade letrada.

As práticas pedagógicas e o estágio no processo de formação docente do curso de pedagogia

Fabiane Fischer Figueiredo — 2024-05-24

O presente artigo está voltado para a reconstrução do percurso das vivências e dos estudos teóricos, a formação proporcionad a no Curso de Pedagogia, na modalidade a distância, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), para a discussão e reflexão sobre as suas potencialidades pedagógicas. Entre as disciplinas proporcionadas pelo Curso, que contribuíram para o desenvolvimento das habilidades dos futuros docentes, por meio de diversos aspectos e abordagens, destacamos as Práticas Pedagógicas e os Seminários Temáticos II e III e de Estágio I. Desse modo, os dados utilizados e analisados estão em conformidade com as vivências acadêmicas, visto que foram necessárias para a formação docente, que nos levou à constatação da sua importância no cotidiano profissional. Também, foi uma maneira para aprendermos, em conjunto com os docentes e formadores que acompanharam o percurso das correções e o alinhamento das abordagens, como devemos planejar adequadamente o processo de ensino e aprendizagem para que atenda às necessidades educacionais.

Segmentações não-convencionais em textos produzidos por alunos do 6º ano do Ensino Fundamental

Eliete de Nazaré Barbosa Santos — 2024-05-24

É comum nos primeiros anos do Ensino Fundamental, fase de aquisição da escrita, as crianças apresentarem dificuldades para realizar a segmentação adequadamente e, caso essa questão não seja sanada ainda nos estudos de ortografia dos anos iniciais, pode ser levada para os anos finais do Ensino Fundamental e provocar vários prejuízos ao estudante ao longo de sua vida escolar e social, partindo-se da perspectiva de língua como mecanismo de comunicação e de prestígio social. Este estudo de campo, bibliográfico, de caráter descritivo, qualitativo e quantitativo, tem por objetivo geral verificar a ocorrência de segmentação não-convencional em textos produzidos por alunos do sexto ano do Ensino Fundamental. A fim de alcançar esse objetivo, traçaram-se os seguintes objetivos específicos: identificar os processos de segmentação não-convencional presentes em textos de alunos do sexto ano; proceder um estudo sobre hiper e hipossegmentação; e categorizar as relações entre palavra lexical e palavra gramatical mais recorrentes nas segmentações não-convencionais encontradas nas produções textuais dos alunos. O estudo foi desenvolvido em uma escola da rede pública de ensino de São José de Ribamar – MA, em uma turma de sexto ano em que a pesquisadora é professora regente de língua portuguesa. As atividades foram propostas em um dia letivo do calendário regular, em conformidade com o conteúdo previamente planejado para a turma, com vistas a não alterar a rotina dos alunos e não provocar prejuízo pedagógico. O presente estudo adota como base teórica os estudos realizados por linguistas como Cagliari (1998), Morais (2008), Bisol (2005), Câmara Júnior (2017), Collischonn (2005) e Brandão (2015).

Editorial

Maria Regina Martins Cabral — 2024-05-24